segunda-feira, 30 de abril de 2012

Samhain - Um próspero ano novo a todos os pagãos!


  Eis mais um momento daqueles em que faz falta a wicca possuir um órgão regulador, uma instituição que coloque alguma ordem em certas coisas. No Hemisfério Norte a data de Samhain jamais é esquecida devido ao famoso Halloween, originado inclusive do festival, em 31 de outubro. No Hemisfério Sul, aí começa a confusão: certos autores apontam como 30 de abril a data certa para o Samhain, enquanto outros afirmam ser no dia 1º de maio o dia correto. Realmente não sei como solucionar esse enigma dos sabbats sulistas, mas a maioria dos covens q conheço comemora em 1º de maio e eis minha tese para que a comemoração se dê nesse dia: Se toda a roda do ano sul é oposta a do norte, naturalmente as datas dos sabbats serão também opostas umas as outras. Se Samhain e Beltane são opostas na roda do ano, e sendo que Samhain é em 31 de outubro e Beltane em 1 de maio no norte, então logicamente, se invertendo as datas ficaria 1º de maio para Samhain, assim como 31 de outubro para Beltane. Essa é minha dica, mas siga a data que vocês julgarem correta.
  Pulando toda essa problemática vamos falar do Sabbat mais importante e celebrado do mundo pagão: Samhain (pronunciasse “sou-ein”) palavra que tem como significado "sem luz" ou "fim do verão", a noite em que o mundo mergulha na total escuridão, preparando se para a chegada das noites frias.
  Samhain, o ano novo celta corresponde ao momento que principia o inverno, contraparte escura do Beltane que saúda o verão. O Samhain é aquele momento misterioso que não pertence nem ao passado e nem ao futuro, como acreditavam os antigos celtas. A noite sagrada que marca o começo da escuridão e o fim da colheita.
 Para os antigos pastores, para quem a criação de rebanhos era imprescindível para a sobevivência, manter rebanhos inteiros alimentos através do inverno era simplesmente impossível, de modo que eles conservavam alguns animais para a procriação e o restante era abatido e salgado para preservação da carne. Samhain era o período em que acontecia esse abate. Um momento tenso onde qualquer erro de calculo, carne de menos por exemplo, podia custar a vida de alguém da tribo se o inverso fosse rigoroso demais.
  Todas as safras também tinham de ser colhidas até a data de Samhain, o que não fosse colhido era abandonado, pois acreditava-se que um duende noturno, e que gostava de atormentar humanos, chamado Pooka passava na noite de Samhain destruindo e contaminando tudo que não fora colhido.
 Assim a incerteza econômica era somada ao pavor do fim do velho ano e do ainda não nascimento do novo ano – o véu ficaria assim muito tênue. As portas dos montes de Sidh seriam abertas e nesse dia nem seres humanos nem fadas precisariam de senhas para ir e vir. Nessa noite também o espirito dos amigos mortos procurava o calor de Samhain e a companhia de seus parentes vivos, era a Féile na Marbh (festa dos mortos). Essa noite era também a Féile Moingfhinne (a festa daquela de cabelos brancos) a deusa da neve, deusa anciã.
  Antigamente na Irlanda todos os anos um novo fogo sagrado era aceso, com o qual se acendiam todos os demais fogos do vilarejo para queimar durante todo o inverno, com o objetivo de levar luz através do tempo escuro do ano. Os celtas praticavam rituais de purificação, queimando simbolicamente, nas fogueiras ou no caldeirão, todas as suas frustrações e as ansiedades do ano anterior. Deste modo, Samhain era, por um lado, um tempo de propiciação, adivinhação e comunhão com os mortos e, por outro, uma festa desinibida em que se comia e se bebia e a afirmação da vida e da fertilidade à própria face da escuridão.
 É tempo de esquecer as coisas antigas que não fazem sentindo em ser guardadas, preparar-se para o novo. Homenagear os antepassados também é uma tradição, conte histórias as crianças dos seus antepassados, como forma de honrar e perpetuar sua existência, também é comum acender velas para reverenciar os entes queridos que já se foram e oferecer aquele calor como guia de volta após a noite de Samhain. Também é hora de fazer resoluções para o ano que irá começar.

Comemoração em coven: (Uma comemoração tradicional escrita por Gerald Gardner) Leia aqui otexto - era muito longo pra colocar no post ;)

Comemoração de um bruxo solitário:
Decoração: a decoração deste grande Sabbat é um dos aspectos mais mágicos da data, as correspondências de cores são: preto, laranja, branco, prata e dourado. Com essas cores vocês podem decorar o ambiente com faixas, podem também confeccionar um Jack o’lantern (um símbolo agora muito associado ao Halloween) e uma corda de bruxa para buscar energias positivas para o ano que irá se iniciar.  
Fazendo um Jack O'Lantern 

A confecção do Jack O'Lantern é uma atividade tradicional desse Sabbat. Eles enfeitam toda a nossa casa no decorrer do dia, além de servirem de ornamentação indispensável para a cerimônia de Sabbat.
Coloque um Jack do lado de fora de sua casa na noite de Samhain para afastar os maus espíritos e visitas indesejadas de outros planos.
Para confeccionar um Jack você vai precisar de:
· Uma abóbora ou moranga;
· Uma faca;
· Uma vela branca;
· Um óleo essencial de patchuli.
Faça uma tampa na parte superior da abóbora, retire suas sementes e com a faca entalhe uma face na abóbora da forma que você achar melhor. Unja a vela branca com a essência de patchuli e coloque-a dentro da abóbora. Acenda a vela dizendo:
Com esta vela, por esta luz e pela brisa que vem do além
Eu dou as boas-vindas aos espíritos nesta noite de Samhain.
Trançando uma Corda de Bruxa 

Trançar uma Corda de Bruxa (Witch's Cord) é um ato tradicional na noite do Samhain. Elas simbolizam o cordão que liga todos nós ao Outro Mundo, além de serem uma representação simbólica do cordão umbilical que traz todos à vida terrestre.
A Corda de Bruxa é confeccionada utilizando cores apropriadas que simbolizem aquilo que você quer atrair para sua vida no ano mágico que se inicia. Por isso escolher a cor correta para confeccionar sua Corda de Bruxa é essencial:
Branco: Para harmonia.
Vermelho: Para afastar os inimigos, vencer os obstáculos, atrair garra e coragem.
Laranja: Para sucesso e prosperidade.
Rosa: Para atrair amor.
Preto: Para proteção e afastar o azar.
Verde: Para abundância.
Amarelo: Para atrair saúde e ter sorte no comércio.

Caso sua necessidade seja maior do que apenas uma cor pode lhe oferecer, você poderá escolher até três cores diferentes que representem os seus desejos para o próximo ano.
Pegue três barbantes na cor ou cores escolhidas e corte-os na medida de sua altura. Então comece a trançar os barbantes, sempre mentalizando aquilo que você quer atrair para a sua vida, pedindo que a Deusa e que o Deus lhe auxiliem e abençoem a corda que você está trançando.
Quando tiver terminado, costure ou cole alguns símbolos no decorrer da corda que representem o seu objetivo. Por exemplo: corações para amor; moedas para prosperidade, etc.
Coloque a sua Corda sobre o seu Altar durante a celebração do Sabbat e consagre-a durante a cerimônia.
Pendure a sua Corda de Bruxa em um lugar de sua casa e, sempre que visualizá-la, lembre-se dos objetivos que o motivaram a confeccioná-la. Assim sua vontade será ativada.

  Também é uma tradição confeccionar máscaras com aspectos fantasmagóricos para espantar os maus espíritos e más energias que vagarão soltas na noite de Samhain. Você poderá colocar no seu altar fotos de entes queridos que já partiram para homenageá-los durante o ritual.

Ritual: Comece fazendo um ritual de purificação de você mesmo, deixando todas as energias ruins no seu passado, agora você irá começar uma nova fase. Coloque o seu caldeirão no centro do circulo, acenda dentro dele o fogo sagrado, o seu fogo de Samhain, que vai te proteger e guiar pelo resto do ano que se inicia. Esta noite você poderá demarcar o espaço do circulo com velas (cuidado se for fazer em um ambiente fechado para que não ocorra nenhum acidente) ou mesmo com flores brancas e grãos. Do lado esquerdo do caldeirão coloque uma vela laranja e do direito uma vela preta, representando as passagens entre os dois mundos. Abra o circulo como de costume, invoque primeiro os elementais, depois os deuses com uma onvocação mais ou menos assim: “Neste dia sagrado o véu que separa os mundos está mais tênue, as energias estão mais fortes e eu sinto seu poder. Que a Grande Deusa  e o Grande Deus penetrem neste circulo e abençoem este rito. Eu os convoco oh Deusa Anciã e Senhor das Sombras.”
Acenda as velas e continue dizendo: “Os portais estão abertos, que sua sabedoria nos inunde de poder e glória, que este fim nada mais seja que um melhor recomeço. Abençoados Sejam!”
Agora você poderá fazer uma homenagem aos seus ancestrais e entes queridos que já partiram, rendendo graças a tudo que aprenderam com eles e pedindo para que os deuses lhes guiem em uma estrada iluminada e que os conserve um lugar feliz em Summerlands. Terminado esse prelúdio em forma de oração, você pode começar com o ritual tradicional de queima de pedidos, onde você irá banir tudo de negativo que aconteceu no ano que se passa e também atrairá todos os seus desejos para o ano que começa. Escreva em um papel com tinta preta tudo que você quer banir da sua vida e em outro papel em tinta vermelha tudo aquilo que você quer atrair nesse ano. Converse com os deuses e lhes conte sobre os obstáculos que você escreveu no papel e depois atire o no fogo sagrado do caldeirão dizendo: “E eis que jogo meus obstáculos físicos, espirituais e mentais para serem purificados e banidos no fogo sagrado de Samhain, que assim seja e assim se faça!” Agora mostre aos deuses os seus desejos, fale de coração e depois atire o papel no fogo dizendo: “Eis que jogo ao fogo sagrado de Samhain meus mais profundos desejos e pelo grande poder dos deuses eles serão realizados antes do novo ciclo, Que assim seja e assim se faça!
Terminado esse ritual vocês podem dançar e cantar ao redor do fogo sagrado no caldeirão para homenagear os deuses e comemorar mais um inicio do grande ciclo da vida, se vocês quiserem podem fazer divinações pois a noite de Samhain é a noite mais propicia para adivinhações especialmente aquelas ligadas ao amor, ou ainda agora você spodem fazer consagrações de amuletos, pedras ou mesmo a corda de bruxa se tiverem a confeccionado. Agora você pode realizar o banquete de Samhain tradicional composto por torta de maçã, bolo de frutas da época, vinho tinto, sidra e chá preto. Além da tradicional romã, que deve ser comida para atrair a riqueza e a fertilidade no ano que se inicia. Agora vocês podem honrar aos deuses lhe ofertando uma oferenda de maçãs, nozes, romãs e outras frutas agradecendo as bênçãos conseguidas no ano anterior e as que serão alcançadas no ano que se inicia. Termine o ritual como de costume, agradeça aos elementais pela ajuda e presença e também aos deuses, despedindo-se de todos destrace o circulo e aproveite o restante da festa ;) O fogo do caldeirão não de ve ser apagado, coloque ele ao ar livre e deixe que os ventos de Samhain apaguem o fogo físico, mas deixem o fogo espiritual sagrado queimando em sua casa até o próximo ano.   

Correspondências:
- Símbolos: cor preta e laranja, maçãs, romãs, abóbora, nozes e avelãs.
- Ervas: nós-moscada, sálvia, menta, mirra, patchuli, artemísia, alecrim, musgo, calêndula, louro, mandrágora
- Incensos: mirra, sálvia, carvalho ou cedro.
- Alimentos: sidra, vinho tinto, chá preto, pães e bolos de frutas.

sábado, 28 de abril de 2012

Horóscopo Lunar Celta


Horóscopo Lunar Celta

Em todas as sociedades Celtas, os druidas desempenharam um papel primordial. Aconselhando Reis, ensinando as ciências, dominando a medicina e a astronomia. É também o sacerdote, o Juiz e a memória do povo. É representado de túnica branca, de foice de ouro na mão, cortando o visco, mas não deixou nenhum texto escrito para testemunhar a sua sabedoria e os seus conhecimentos.
Sem dúvidas, os druidas eram uma comunidade de sábios e deixam poucos vestígios materiais de sua existência. E para reconstruir a história dos Druidas e encontrar a sua mensagem, apenas dispomos, infelizmente, dos testemunhos de autores ao serviço do império romano e de histórias compiladas pelos monges Irlandeses, Bretões e Gauleses da Idade Média; documentos tantas vezes suspeitos, mas inúmeros e vindos de horizontes diferentes, permitem verificações, e por vezes, algumas das suas informações são confirmadas pelas descobertas arqueológicas. Deste modo, os historiadores, os lingüistas, os arqueólogos, reconstituem a pouco e pouco a sua herança perdida.
A sabedoria dos Druidas soube tornar os Celtas despreocupados, livres e alegres. O seu destino pessoal numa batalha deixava-os indiferentes. Nada se perfilava no horizonte da sua passagem pela Terra. Uma outra vida feliz, sem inferno nem purgatório, os esperava no Outro Mundo.
Sabe-se pelos relatos dos Celtas insulares que este Outro Mundo, espécie de universo paralelo, "o Sid", podia simbolicamente situar-se numa ilha do oceano, no extremo ocidental; ali, onde desaparece o Sol ao anoitecer, estava a Ilha; ou ainda ser imaginada no norte do mundo como a ilha de Avalon.
Todos os anos, em 1º de Novembro, a festa de Samhain, que marcava o início do ano celta, o tempo e o espaço deixavam de existir e os dois Mundos comunicavam-se. As elevações neolíticas, as áreas cobertas, os túmulos, os dólmens, com corredores, serviam de ponto de contato privilegiados com o mundo dos desaparecidos: prova de que os Celtas e os Druidas não tinham a menor dúvida sobre a antiguidade e a função funerária destes monumentos.

A morte das Florestas
"Muito sábios", mas também "Homens do Bosque", “Homens da Árvore", "Homens do Carvalho", sem dúvida foram os Druidas. Todos os testemunhos concordam neste aspecto: poetas, geógrafos, historiadores associaram os Druidas às florestas.
Por este motivo a conquista da Gália se duplicou numa guerra contra as árvores; e César "foi o primeiro a ousar pegar num machado, brandi-lo e rachar com ferro um Carvalho perdido nas nuvens", refere Lucano.
A desarborização intensiva da Gália pelos romanos contribuiu tão eficazmente para o desaparecimento dos Druidas e Celtas.
Quando S. Patrício, em meados do século V, veio especialmente a Glastonbury com o intuito de cristianizar definitivamente o lugar Celta sagrado, começou por mandar abater com machado e alvião todas as árvores que cobriam a célebre colina do Tor.
Lutar contra as árvores era ainda nesta época uma forma de combater o Druidismo e a Cultura Celta.
Nas clareiras, no coração das profundas florestas, protegidas pela penumbra das criptas vegetais, os Druidas transmitiam pacientemente aos seus discípulos a sua sabedoria imemorial: estes afirmavam conhecer a grandeza e a forma da Terra e do mundo, os movimentos do Céu e dos astros, bem como a vontade dos Deuses. E durante muito tempo, seja numa gruta, seja nos pequenos vales arborizados afastados, ensinavam ao seu povo uma doutrina secreta.
Na sua célebre descrição da apanha do visco pelos Druidas, Plínio, o Velho afirma que a cerimônia se realizava ao sexto dia da Lua, "que assinala entre eles o começo dos meses, dos anos e dos séculos que duraram 30 anos”. Os Brâmanes chamavam ao sexto dia da Lua Mahatithi, o Grande Dia.
Calendário descoberto  em 1897 em Coligny, na França
Os Druidas, seus homólogos, consideravam este mesmo dia como particularmente sagrado e dotado de uma força considerável. A revolução sideral da Lua é de 27 dias, 7h e 43 minutos. É o tempo que o astro leva a voltar a uma mesma posição no céu em relação às estrelas.
Um século de 30 anos dos Druidas contém 401 meses de revolução sideral. É por isso que, por exemplo, nos romances da Távola Redonda, inspirados na tradição Celta, os Cavaleiros Guardiões do Graal são 400, número a que se vem juntar a figura do Rei.
A Lua e o planeta Saturno têm um parentesco curioso: no dia, a Lua decorre sobre a elíptica a mesma distância que Saturno no ano. Sem nos perdermos em pormenores, digamos que 30 dias da Lua equivalem a 30 anos de Saturno.
De acordo com um texto de Plutarco, de facie in orbe lunae, foi possível deduzir que o século de 30 anos dos Druidas começava quando o planeta Saturno, Nyctouros, entrava no ciclo do touro, ou seja, quando todos os 30 anos, nesta época, Saturno e a Lua no seu sexto dia se viam em conjunção com a pequena constelação das Plêiades, a noite da festa de Samhain.
Mas se os séculos de 30 anos eram calculados em função do ciclo de Saturno e da revolução sideral da Lua, o calendário de todos os dias, como o encontrado em Coligny, em contrapartida, baseava-se na revolução sinódica, quer dizer, nos intervalos de tempo que separa duas fases idênticas do astro, ou seja, 29 dias 12h0 e 44minutos.
Um período de 5 anos chamava-se LUSTRE. Um ciclo druídico completo tinha 6 LUSTRES ou 30 anos. Uma era druídica tinha 630 anos ou126 lustres.
Calendário Celta
A diferença entre revolução sideral e a revolução sinódica deve-se ao movimento da Terra. Existem 50 meses de revolução sinódica da Lua em quatro anos, e 150 em 12 anos. O número 50 e 150 (ou três vezes 50) surgem constantemente nas narrativas da cultura Celta, em particular na Tradição Irlandesa.
Com os romances da Távola Redonda, é a corte do Rei Artur que recorda este sistema; com efeito, segundo os poetas, os cavaleiros reúnem-se aí quer em número 12 quer de 50 ou ainda de 150. Assim, a corte do mundo sensível do Rei Artur opõe-se ao reino espiritual do Graal.
Plutarco, no texto já citado, conta que os habitantes das ilhas dispersas em redor da Grã-Bretanha, afirmam que Saturno é mantido prisioneiro pelo seu filho Júpiter na ilha nórdica de Ogígia. O planeta Júpiter percorre a elíptica em 12 anos, ou seja, 150 meses de revolução sinódica da Lua. A história Celta referida por Plutarco desvenda talvez apenas uma oposição entre dois modos de contar tempo.
Os Druidas não ensinaram uma religião, mas uma metafísica da Natureza. A sua Confraria reuniu a aristocracia do saber e da filosofia. Guias espirituais eram também cientistas, físicos, astrônomos...
Um dos fatos mais interessantes na cultura celta era a afinidade com a natureza, os celtas realizavam a contagem dos dias através do nascer e do por do sol. Levando-os a contarem as noites e não os dias, criando assim uma ligação perfeita entre o céu e a terra, entre o sol e a lua.
Assim o dia começa quando o sol se põe; ao contrário do que “vivenciamos” atualmente. O dia se inicia com a Lua, com a Deusa mostrando que é hora de trabalhar o mistério, o oculto, o morrer.
Ao amanhecer, o Deus vem fecundar e nutrir a Deusa, para que mais um dia possa ser gerado. Aceitar, entender esta prática sem fazer qualquer ligação com feitiçarias, para alguns é muito difícil, mas, para os Sacerdotes dos Celtas – Os Druidas – e para a cultura celta em geral, estes ensinamentos são de imensa profundidade.
Os druidas deram a cada um dos meses do ano o nome de uma das suas árvores sagradas; assim como fizeram com o alfabeto ogham. Cada letra deste alfabeto era representada por uma árvore, que, por sua vez, representava um período do ano. A este período demos o nome de mês; isto para fazermos um paralelo entre as duas culturas.


Ogham Chart
Ogham
Letra Latina
Nome em IrAr.
Nome em IrMod
Nome em Português
B
B
Beithe (beth)
Beith
Betúla (Vidoeiro)
L
L
Luis
Luis
Sorveira
F
F
Fearn
Fearn
Amieiro
S
S
Sail
Sail
Salgueiro
N
N
Nin
Nion
Freixo
H
H
Uath (Huath)
Uath
Pilriteiru (Espinheiro-alvar)
D
D
Dur (Duir)
Dair
Carvalho
T
T
Tinne
Tinne
Azevinho
C
C
Coll
Coll
Aveleira
Q
Q
Quert
Ceirt
Macieira
M
M
Muin
Muin
Vinha (silva, amoreiro-silvestre)
G
G
Gort
Gort
Hera
NG
nG
Getal (nGetal)
nGéadal
giesta-das-vassouras (Cytisus scoparius)
STR
Str
Straif
Straif
Espinheiro-negro
R
R
Ruis
Ruis
Sabugueiro
A
A
Ailm
Ailm
Abeto-Prateado
O
O
Onn
Onn
Tojo
U
U
Úr
Úr
Urze
E
E
Edad
Eadhadh
Álamo-Branco (Faia-Negra)
I
I
Ida
Iodhadh
Teixo
EA
EA
Ebad
Éabhadh
Álamo-Branco (Faia-Negra)
OI
OI
Oir
Ór
evônimo (genero Euonymus)
UI
UI
Uilleann
Uilleann
Madressilva
IO
IO
Ifin
Ifín
Groselha
AE
AE
Emancoll (Phagos)
Eamhancholl
Hamamélis

O Horóscopo Celta Lunar não foi desenvolvido baseado nos movimentos da lua (como alguns devem estar imaginando), mas sim nos períodos do ano em que suas árvores sagradas tinham uma maior predominância de suas características e propriedades.
Desta forma, veja através das linhas que se seguem, qual árvore rege o período do ano que você nasceu.
A natureza era a companhia do homem primitivo. Ela fornecia abrigo e alimento e, em retorno, a humanidade a reverenciava. As religiões primitivas louvavam as pedras e montanhas, os campos e florestas, os rios e oceanos.
A Voz da Floresta é uma ponte mítica entre o mundo dos deuses e o dos homens, entrelaçado com a veneração que os Celtas tinham pelas árvores. Como uma representação do universo, as raízes das árvores habitam o solo, o conhecimento profundo da Terra.
E o tronco une as raízes ao céu, trazendo este conhecimento à luz.
MÊS
ÁRVORE
SÍMBOLO
Dez 24 a Jan 20
Bétula
Águia ou Veado
Jan 21 a Fev 17
Sorveira brava
Dragão Verde
Fev 18 a Mar 17
Freixo
Tridente
Mar 18 a Abr 14
Amieiro
Pentáculo
Abr 15 a Mai 12
Salgueiro
Serpente
Mai 13 a Jun 09
Espinheiro
Cálice
Jun 10 a Jul 07
Carvalho
Roda de Ouro
Jul 08 a Ago 04
Azevim
Lança em Chamas
Ago 05 a Set 29
Aveleira
Salmão
Set 30 a Out 27
Videira
Cisne
Out 28 a Nov 23
Hera
Borboleta
Nov 24 a Dec 22
Sabugueiro
Pedras
Dez 23
Visco
Corvo
Para aumentar os poderes de cada uma dessas árvores seria apropriado que você tivesse algum objeto feito da madeira da árvore que corresponde ao seu signo. E se você preferir, tenha o elemento que simboliza a sua árvore para que suas características e propriedades terapêuticas possam agir sobre você, além de trazer proteção.

Fonte: Mistérios Antigos

domingo, 22 de abril de 2012

Paganismo, Wicca e Bruxaria serão ensinados em sala de aula



“Proposta de inclusão” causa controvérsia na Inglaterra




ensino_religioso_paganismo_wicca


Paganismo, bruxaria, druidismo e culto dos deuses antigos, como Thor, serão temas incluídos no currículo de uma escola no sul da Inglaterra. Os alunos aprenderão sobre a importância de locais de adoração pagãos como Stonehenge e as dificuldades que uma praticante da bruxaria pode enfrentar nos dias de hoje.
A escola de Cornwall County, Inglaterra, dará aos seus alunos não cristãos igualdade de condições, propondo que as diferentes formas de paganismo sejam oficialmente incluídas no currículo de educação religiosa.


A região de Cornwall tem uma longa história de práticas druídicas e pagãs e um grupo de adeptos requisitou que o Conselho Municipal os colocassem no mesmo nível do ensino sobre cristianismo, islamismo e judaísmo. Segundo essa proposta curricular, a partir da idade de cinco anos, as crianças devem começar a aprender sobre a história dos rituais. Aos 11 anos de idade, os interessados poderão “explorar o paganismo moderno e sua importância para muitas pessoas”. As áreas de estudo devem incluir “a importância dos locais pré-cristãos para os pagãos modernos”.


Neil Burden, membro do Conselho de Ministros de Serviços para Crianças argumentou que a medida daria aos alunos “acesso a um amplo espectro de crenças religiosas”. A iniciativa do Conselho de Cornwall segue a decisão tomada pelo governo inglês em 2010 de reconhecer o druidismo como forma de religião.


Imediatamente a iniciativa alarmou alguns ativistas cristãos que temem que isso evolua e seja parte dos currículos de todas as escolas do país. Eles estão preocupados como fato de que uma religião considerada “excentricidade” ganhe cada vez mais o reconhecimento oficial. No município, com população de 537,400 pessoas, existem oficialmente cerca de 700 pagãos.


Mike Judge, porta-voz do Instituto Cristão de Cornwall, acredita que “apresentar o paganismo é apenas uma moda passageira e tem mais a ver com o desejo de ser politicamente correto de professores que com as necessidades educativas das crianças”, disse.


O paganismo inglês abrange diversas vertentes, desde druidas, que se consideram praticantes da antiga fé pré-cristã, passando pela Wicca, forma moderna de bruxaria até os xamãs, que invocam os espíritos da natureza.


De acordo com o censo nacional de 2001, existem cerca de 40.000 pagãos praticantes na Inglaterra e País de Gales, embora algumas estimativas afirmam que o número seja bem maior.

Fonte: União Wicca do Brasil

sexta-feira, 20 de abril de 2012

Os Chacras

Os chacras são meios de energias que ajudam nosso corpo em certos casos, seja ele energético, Físico ou espiritual.


   
Como despertar: 


 Os chacras podem ser despertados através de meditações com mantras e visualizações:




Muladhara (Chakra Raíz) meditação com mantra e mudra

Abrindo o Chakra Raíz Deixe as pontas de seu toque dos dedos polegar e indicador juntas. Concentre-se no Chacra da Raíz ou Base no ponto entre a genitália e o ânus. Imagina uma energia de cor vermelha em vórtice neste ponto e cante o mantra LAM.


Svadhisthana (Chakra Órgão Genital e Base da Barriga) meditação com mantra e mudra

Abrindo o Chakra Sacral, Sacro ou Esplênico Ponha suas mãos em seu colo, com as palmas voltadas para cima, uma sobre a outra, mão esquerda embaixo e sua palma que toca na parte traseira dos dedos da mão direita, com as pontas dos polegares se tocando delicadamente. Concentre-se no Chacra Sexual, Esplênico ou Sacral no osso sacral (na parte traseira mais baixa) ou 4 dedos abaixo do umbigo (no "pé" da barriga e início da região pubiana), imagine um energia de cor laranja nesta região em vórtice e cante o mantra VAM

Sahasrara (Chakra Coroa ou Coronário) meditação com mantra e mudra

Abrindo o Chakra da Coroa ou Coronário Ponha suas mãos antes de seu estômago, deixando os dedos anelares apontados para frente e se tocando nas pontas, cruzes os outros dedos, com o polegar esquerdo debaixo do polegar direito, concentre-se no Chacra da Coroa situado no alto da cabeça, imagine uma energia de cor violeta ou branco e cante o mantra AUM. OBERSAVAÇÃO/AVISO IMPORTANTE: Não use está meditação se o teu Chacra da Raíz não estiver forte e equilibrado o bastante, pois é necessário a união e o equilíbrio do Chacra da Raíz com o Chacra da Coroa, você precisa isso ter uma fundação forte e equilibrada primeiramente.

Ajña (Chakra Frontal) meditação com mantra e mudra

Abrindo o Chakra do Terceiro Olho ou Frontal Ponha as mãos a frente da parte inferior do seu peito, com os dedos médios se tocando nas pontas e apontando para frente, os outros dedos dobrados e se tocando nas falanges, com os dedos polegares apontando para você e se tocando nas pontas, concentre-se no Chacra do Terceiro Olho situado entre as sobrancelhas (ligeiramente acima das sobrancelhas), imagine um energia de cor azul índigo, em vórtice nesta região e cante o mantra OM.

Visuddha (Chakra Laríngeo)



meditação com mantra e mudra: 
Visuddha (Chakra Laríngeo) Abrindo o Chakra da Garganta ou Laríngeo Coloque suas mãos a frente de sua barriga, com as palmas das mesmas voltadas para cima, cruzando os dedos no seu interior e com as pontas dos polegares de tocando delicadamente, deixe os polegares nos altos e puxe-os para cima ligeiramente (formando mais ou menos um círculo

entre os dedos polegares e indicadores), concentre-se na região do Chacra da Garganta situado no topo da coluna vertebral (na altura da garganta), imagine uma energia de cor azul claro, em vórtice e cante o mantra HAM
 Anahata (Chakra Cardíaco)



 Abrindo o Chakra do Coraçao ou Cardíaco Sente-se de pernas cruzadas, deixando a ponta dos dedos indicares e polegares de tocarem, coloque sua mãos esquerda (com as pontas dos dedos indicador e polegar se tocando) em cima do seu joelho esquerdo e sua mão direita (com as pontas dos dedos indicador e polegar se tocando) na altura do coração, concentre-se no Chacra do Coração na coluna vertebral (na altura do coração), imagine uma energia de cor verde, em vórtice neste ponto e cante o mantra YAM.

Manipura (Chakra do Umbigo) meditação com mantra e mudra:

Abrindo o Chakra do Umbigo Ponha suas mãos a frente de seu estômago, ligeiramente abaixo do seu pulmão, deixando os dedos se juntarem no alto, direcionando os dedos para sua frente e cruze os polegares, é importante endireitar os dedos. Concentre-se no Chacra do Umbigo, situado 5 dedos acima do nível do umbigo na coluna vertebral, imagine um energia de cor amarela, em vórtice e cante o mantra RAM.


Como energizar: 

Boas formas de energização é colocar pedras, ervas ou aromas  sobre eles.

1 - Muladhara: 

Pedras: Citrino, granada, hematita e jaspe
Aromas ou Ervas: Canela e cravo

2 - Swadishtana

Pedras: Aventurina, coral rosa e rubi
Aromas ou ervas: Sândalo ou ylang - ylang

3 - Manipura

Pedras: Olho-de-tigre, Ônix e Topázio
Aromas ou ervas: Alecrim e Sálvia 

4 - Anahata

Pedras: Agua-marinha, malaquita, pedra-da-lua e quartzo rosa
Aroma ou erva: Almíscar e rosa

5 - Vishuda

Pedras: Ágata, calcedônia, opala e turquesa
Aroma ou erva: Jasmim e Patchuli

6 - Ajna

Pedras: Fluorita, pirita e selenita
Aroma ou erva: Hortelã e eucalipto

7 - Sahasrara

Pedras: Ametista, azurita, lápis-lazúli e safira
Aromas: Lavanda e Mirra



Fontes: Luna, Eliene e o livro: O despertar das bruxas, Julia Maya, editora madras