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domingo, 1 de julho de 2012

Esbat de Julho - A Lua do Lobo(03/07)










Este esbat também conhecido como lua de inverno, lua das sereias, lua casta e lua de neve representa as águas da terra que agora ficam presas sob a geada do inverno que está sobre nós. É um esbat ideal para realizar trabalhos em grupo e esforços conjuntos, pois favorece a união dos seres e a unidade (assim como antigamente no inverno os indivíduos dos clãs ficavam mais próximos um do outro para se aquecerem, fique mais próximo do seu “clã” para esquentar seus sentimentos). Apesar de ser uma época que favorece o trabalho em grupo este esbat também é um momento de pausa, interiorização, reflexão e transmutação do você mesmo, para que você possa se tornar verdadeiramente uma parte do todo. Equilibrar você mesmo, pois esse é um período de transição entre a luz e a escuridão.




O nome desse esbat é ligado ao lobo, pois ele é um animal de poder ligado aos mistérios lunares, que fortalece, estimula e aguça os nossos sentidos, além de nos ensinar a viver em harmonia com a natureza e a compreender o sentido da vida. Ao uivar para a lua, simbolicamente, o lobo nos conecta à novas idéias, ocultas sob a mente consciente. A transformação em lobo é um dos temas preferidos de várias lendas irlandesas e populares também. Representa o contato com o lado sombrio da alma que desperta os instintos básicos do homem.




Ritual do esbat: Iniciem o ritual como de costume, vocês podem demarcar o espaço do circulo com velas brancas ou roxas, ou ambas alternadas. No centro do circulo acendam uma vela branca dentro do caldeirão simbolizando a chama da vida que ainda queima dentro da terra mesmo no inverno, a chama que permanece acesa mesmo na escuridão. Invoquem os deuses e os elementais, comece agradecendo aos deuses pelos seus projetos que vem dando certo (esse esbat é ideal para se tratar de projetos que envolvam a vida em sociedade, como por exemplo no trabalho ou um projeto em grupo e etc), agradeça também pela promessa de luz que está por vir, da transformação que virá na primavera e peça para que essa transformação também aconteça em você e que você evolua e se renove. Sente-se na frente do caldeirão e medite um pouco sobre seus projetos, o que vem dando certo, o que vem dando errado, se você não tem nenhum projeto ainda essa é a hora de começar a pensar em um. Escreva todos esses projetos numa folha e guarde dentro de um envelope em local bem escondido para que na próxima lua do lobo você possa avaliar seus projetos e resultados. Esse esbat é ideal para feitiços e rituais que envolvam qualquer tipo de harmonização social, transformação e etc. Após essa meditação vocês podem realizar um desses feitiços ou rituais conforme sua necessidade. Terminado isso você pode encerrar o ritual como de costume.






Sugestão de feitiço de harmonização para esse esbat: Esse feitiço tem como intuito aproximar e harmonizar um grupo familiar ou de amigos. Para ele você vai precisar: 1 Vela prateada, Mel, Açúcar, Papel virgem, Lápis, Uma maçã bem vermelha, Um galho de arruda, Um copo de água, Um pires, Um incenso de qualquer aroma (o que mais agradar!) Recorte um pedaço de papel com uns 20cm por 7cm. Sentado(a) sob a luz da lua, escreva no papel à lápis, nome das pessoas que quer unir, seja da família ou do grupo de amigos, enfim, as pessoas envolvidas em seu desejo de união. Coloque o papel escrito no pires e sobre ele ponha o copo d’água. Faça com que a água esteja de tal forma que possa receber diretamente a luz proveniente da Lua. Coloque uma colher de chá de açúcar e outra de mel na água, e mexa suavemente. Acenda a vela fazendo a maçã de candelabro. Acenda também o incenso e fixe-o na maçã. Deixando tudo perto do copo com água. Ore a deusa pedindo harmonia, com a imposição das mãos sobre todo material. No dia seguinte, dobre sete vezes o papel em que escreveu o nome e coloque-o no interior do copo d’água. Deixe-o aí por uma semana. A maçã, deixe num jardim ou vaso. Passada a semana, com o ramo de arruda, jogue a água por todo o ambiente onde a família habite ou onde o grupo se reúne.






Fonte: Grimorio da Luna

segunda-feira, 7 de maio de 2012

As Luas Celtas

Saudações, hoje vou adaptar os textos com o assunto esbath.


Como a Luna, vou foca-los na Wicca Celta.


Espero que gostem




JANEIRO – A LUA DA BENÇÃO
FEVEREIRO – A LUA DA COLHEITA
MARÇO – A LUA DA CEVADA
ABRIL – A LUA DO SANGUE
MAIO – A LUA ESCURA
JUNHO – A LUA DO CARVALHO
JULHO – A LUA DO LOBO
AGOSTO – LUA DA TEMPESTADE
SETEMBRO – LUA DOS VENTOS
OUTUBRO – LUA DAS SEMENTES
NOVEMBRO – LUA DA FLOR
DEZEMBRO – LUA BRILHANTE

domingo, 11 de dezembro de 2011

os Esbaths

 

Além dos oitos Sabbats, os povos celtas celebravam também os Esbats, ou seja, as treze luas cheias ao longo do ano solar. A lua cheia foi venerada durante milênios por grupos de homens e mulheres, reunidos nos bosques, nas montanhas ou na beira da água, como a manifestação visível do princípio cósmico feminino, na forma das deusas lunares ou da Vovó Lua. Com o advento das religiões patriarcais, houve uma divisão na vida religiosa familiar. Os homens passaram a reverenciar os deuses – solares e guerreiros -, enquanto que as mulheres continuavam se reunindo para celebrar a lua cheia e honrar a Grande Mãe. A cristianização forçada e, principalmente, as perseguições dos "caçadores de bruxas" durante os oito séculos de Inquisição, procuraram erradicar a "adoração pagã da Lua" e os Esbats foram considerados orgias de bruxas e manifestações do demônio.

A palavra Esbat deriva do verbo esbattre, em francês arcaico, significando "alegrar-se", pois essas celebrações não eram tão solenes como os Sabbats, proporcionando, além dos trabalhos mágicos, uma atmosfera jovial. Há também uma semelhança com a palavra "estrus" – o ciclo lunar de fertilidade -, reforçando a idéia da repetição mensal dessas comemorações.

Durante os Esbats, reverencia-se a força vital criativa, geradora e sustentadora do universo, manifestada como a Grande Mãe. A noite de lua cheia ou o plenilúnio, é o auge do poder da Deusa, sendo o momento adequado para rituais de cura e trabalhos mágicos. Usam-se altares – simples ou elaborados – com os símbolos da Deusa e acrescentam-se os elementos específicos da lunação. Além dos rituais, há cantos, danças, contam-se histórias e fazem-se meditações. No final, comemora-se repartindo pão ou bolo e bebendo-se vinho, suco ou chá, brindando à Lua e ofertando um pouco à natureza em sinal de gratidão à Mãe Terra. O pão sempre simbolizou o alimento tirado da terra, enquanto que o vinho favorecia a atmosfera de alegria e descontração.

Atualmente, os plenilúnios são comemorados não somente pelos grupos estruturados da Wicca (os covens), neo-pagã ou xamânica, mas também por grupos de mulheres ou pelos "solitários". A Deusa está cada vez mais presente na vida e na alma das mulheres, os raios prateados da Lua realçando suas múltiplas faces.

Na Antiga Tradição, nas reuniões praticadas por covens ou individualmente, o ponto máximo do Esbat é o ritual de "Puxar a Lua", ou seja, imantar uma sacerdotisa ou mulher com a energia da Deusa. O objetivo desse ritual é triplo: primeiro, procura-se a união com a Deusa para compreender melhor seus mistérios; segundo, busca-se imantar o espaço sagrado com a energia mágica da Deusa e, em terceiro lugar, objetiva-se o equilíbrio dos ritmos lunares das mulheres e o aumento da fertilidade, física e mental. Para atrair a energia da Lua, usa-se o punhal ritualístico (átame) ou um bastão consagrado, direcionando-o para um cálice com água. Invoca-se a Deusa e expõe-se seu pedido ou, simplesmente, entra-se em contato com sua essência, deixando-a penetrar em todo seu ser. Fundir-se com a energia da Deusa é um ato de realização espiritual e jamais deve ser usado com fins egoístas, forjando mensagens ou avisos "recebidos" durante o ritual. Quando o propósito é sincero e o coração puro, a experiência é sublime e comovente. Após um tempo de interiorização e contemplação, tornam-se alguns goles da água "lunarizada" e despeja-se o resto sobre a terra, para "fertilizá-la". Como em outros rituais, os Esbats devem ser feitos após invocar-se os Guardiões das direções e os elementos correspondentes, criando-se o círculo mágico.

Além desse ritual tradicional e formal, pode-se celebrar o plenilúnio de forma mais complexa e criativa, usando-se os conhecimentos astrológicos da polaridade Sol-Lua. Durante a lua cheia, a Lua se encontra no signo oposto ao do Sol, estabelecendo-se, assim, um eixo de complementação. Em certos grupos mistos, trabalha-se a polaridade Sol-Lua reverenciando-se o casal divino, representado por deuses solares e deusas lunares, escolhidos conforme as características astrológicas e espirituais do mês.

Fonte: 'O Anuário da Grande Mãe', de Mirella Faur