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sexta-feira, 20 de julho de 2012

Os Celtas - Parte Vl - Culhwch e Olwen


Logo que Culhwch nasceu, sua mãe adoeceu e fez o marido jurar que não se casaria novamente, a não ser que nascesse uma roseira de dois botões em seu tumulo. Tempos depois, a rainha morreu.

Anos depois, a roseira floriu em seu tumulo, e seu marido, o rei Celyddon casou-se com a viúva do rei Doged.  Ela fez com que Culhwch jurasse se casar com Olwen, da corte de Arthur.

-Eu ainda não estou em idade de casar – Respondeu Culhwck

- Declaro ser seu destino casar-se com Olwen, filha de Yspaddaden Penkawr(Em Irlandês equivale a Balor, o avô de Lugh)

Isso fez Culhwch, corar de amor, mesmo nunca ter visto Olwen.


O pai vendo a agitação do filho, perguntou o que havia, e depois de explicado, seu pai recomendou que ele fosse falar com seu primo Arthur.


Então, Culhwch foi até a corte do rei Arthur, e pediu a ele Olwen,  Arthur nunca tinha ouvido falar dela, então mandou os homens procurarem.


Um ano depois, os homens regressaram sem sucesso, e Culhwch ficou muito triste, e quis ir embora porém, Kay, um dos melhores soldados de Arthur, insistiu para ele ficar e procurar novamente.


Para acompanha-lo Arthur selecionou:


Kay, juntamente com Bedwir, são os heróis mais fortes que a corte do rei Arthur tem, apenas perdem para Arthur.


Arthur, vendo a tristeza do primo,  chamou Gwyar,  seu sobrinho e herdeiro do trono, que sabia falar a linguagem dos homens e dos animais, e nunca regressava a uma missão sem ter cumprido-a.


Kynddelig seria o líder da expedição, pois conhecia todos os lugares, mesmo sem ter ido a todos.


E também Menw, que podia lançar encantamentos para ficarem invisíveis perante os inimigos.


Os heróis cavalgaram durante dias, até que acharam uma planície, aonde se localizava um lindo castelo, que quanto mais se aproximaram, ele era coberto por uma misteriosa bruma.


No caminho viram um pastor gigante pastoreando ovelhas, que disse que se eles entrassem no castelo, jamais sairiam vivos.


O nome do pastor era Custennin, irmão de Yspaddaden Penkawr, pai de Olwen, imediatamente, Culhwch ofereceu um anel de ouro pela informação. Custennin os levou para cabana, e deu seu anel a sua esposa.

O pastor e sua mulher serviram o jantar, logo após perguntaram sobre Olwen,  ela vem aqui todos os sábados para lavar os cabelos, mas vocês tem que me prometer que não farão mal a ela, ela é a mulher mais bonita do reino. - disse o pastor


Sim, prometemos, respondeu os homens, assim uma mensagem foi enviada até lá.


A moça então chegou ao vale com um lindo vestido de seda, da cor do fogo, uma gola de ouro avermelhado contornado de esmeraldas, com seus lindos cabelos cor-de-ouro.  Quando ela andava surgiam flores brancas, por isso o nome Olwen(rastro branco).


Culhwch declarou seu amor por Olwen, que logo retribuiu, porem antes de casar-se com ela, Culhwch teria que executar algumas tarefas determinadas pelo seu pai.


Então Culhwch chegou ao castelo e se apresentou ao pai de Olwen. Porém, quando Yspaddaden Penkawr o viu, falou para irem embora, que ele daria a resposta no dia seguinte, porém quando se viraram, o rei lançou um dardo envenenado nas costas de Culhwch, devolvendo o dardo ao joelho do rei. O rei gritava - é assim que meu genro me trata?  continuou "Vou coxear eternamente por causa da sua rudeza, maldita seja a bigorna do ferreiro que forjou esse dardo!"

Voltaram para a casa do gigante, e no outro dia voltaram, foram ver qual a decisão do pai de Olwen, ele decidiu que teria que pedir permissão aos quatro bisavós de Olwen. Quando se viraram, ele jogou outro dardo, atingindo as costas, porém agora foi Menw quem devolveu, acertando seu peito. Disse "Uma praga eu rogo a esse genro sem coração!”, e disse: - "Agora não poderei mais subir a colina por causa da dor no peito, maldita seja a bigorna do ferreiro que forjou esse dardo!"

Em um outro dia compareceram ao rei, que jogou outro dardo, esse Culhwch pegou no ar e jogou, acertando em seu olho. "Nunca mais enxergarei como antes, por causa da insolência do meu genro." E disse: - "Maldita seja a bigorna do ferreiro que forjou esse dardo!"

Depois disso se sentaram na mesa para jantar, então, o rei disse a Culhwch, se você quer casar com minha filha, prometa que nunca irá ofende-la injustamente. E, depois disso você deve me prometer que vai trazer o que eu pedi.

- Me diga seu pedido - Respondeu Culhwch

Há anos minha barba e meu cabelo não são cortados, porem o unico pente e navalha que farão o serviço se encontram  entre as orelhas do javali Twrch Trwyth. Será impossível sem a ajuda de Mabom, Nesse momento é preciso saber sua localização,  e apenas Eidoel, seu primo poderá encontra-lo.

Então Culhwch e seus homens partiram em busca de Eidoel, com a ajuda de uma ave encantada, o o melro de Cilgwri, que com a ajuda de Gwrhyr, perguntou-lhe:

Diga-nos onde esta Mabon, que foi roubada de sua mãe nas primeiras noites de vida.

Há um tempo havia uma bigorna que a transformei, com meu bico, do tamanho de uma nóz. Porém nunca ouvi falar de Mabon, mas há uma raça de animais que nasceram antes de mim, vou leva-los até eles.


- "Viemos até aqui, grande ser sagrado, pois não há nenhum animal mais velho que você, portanto, diga-nos onde podemos encontrar Mabon, o Caçador?" Perguntou Gwrhyr.

- Aqui nunca cresceu nenhuma arvore, mais uma vez cresceu um carvalho, vi ela crescer, porem nunca ouvi falar de Mabon, vou leva-los até algum animal mais velho que eu.


Então ele os levou até a coruja de Cwn Cawlwyd.

- "Viemos até aqui, grande ser sagrado, pois não há nenhum animal mais velho que você, portanto, diga-nos onde podemos encontrar Mabon, o Caçador?" Perguntou Gwrhyr.


-Quando vim até aqui pela primeira vez, esse vale era todo arborizado, depois veio a raça humana e destruiu tudo. Os homens sempre o procuraram, mais vou levar você a um animal mais velho, a águia de Gwern Abwy.

Cheguei aqui ha eras - disse a águia - Esse rochedo era tão alto que podia bicar as estrelas em cima dele, hoje em dia ele tem apenas um palmo de altura. Durante esse tempo nunca ouvi falar de Mabon. Mas ha muito tempo fui agarrar um salmão nas águas de Llyn Llyw, ele me agarrou e eu consegui escapar, e hoje nos tornamos amigos. Vou levar vocês até o salmão.

Vim visita-lo, velho amigo, esses são homens da corte de Arthur e estão a procura de Mabon.

-Posso dizer que testemunhei muitos fatos, venha comigo para averiguar o que eu vi. Aos pulos percorreu as águas geladas, até que chegaram em um castelo, onde ecoavam gritos de uma masmorra.


-Quem chora tanto dentro dessa prisão de pedra? - Perguntou Gwrhyr.

-Sou eu, Mabon, filho de Modron - Respondeu o Prisioneiro.

Os homens então libertaram Mabon, que fugiu nas costas do Salmão.

Logo após, Arthur, convocou todos da ilha para capturar o javali, que vivia na irlanda. Então começou a caçada, soltaram os cachorros que foram atrás do javali, que fugiu para o País de Gales.

Porém logo foi capturado por Mabon, que juntamente com Kay, apanhou a navalha e o pente de ouro.

O javali desapareceu pelos mares e nunca mais foi visto.

Voltaram para o castelo, e a barba e o cabelo do rei foram cortados. -Sua barba e cabelos estão bem feitos?   -Perguntou Culhwch. - Sim, estão. E minha filha agora é sua, porém você nunca teria conseguido sem Arthur, Mas você nunca teria desistido por minha vontade. - Respondeu o rei.

Então agora morro ao perde-la - respondeu Culhwch.

Enfim, essa é a História de Culhwcn e Olwen

Octo Ewen Chliste

sábado, 14 de julho de 2012

Os Celtas - Parte V - Os Mitos Galeses



Assim como os mitos Irlandeses fazem parte da mitologia celta, os mitos Galeses também fazem.

Foram preservados pela tradição oral e pelos 11 contos Mabionogion(Termo utilizado pela tradutora Lady Charlotte Guest, em 1849), dividido em 3 grupos e escritos em gaélico medieval. Entre eles:

Quatro Ramos do Mabinogi: o ciclo mitológico das três famílias de Deuses: As histórias entre elas : Pwyll, o Príncipe de Dyfed; Branwen, Filha de Llyr; Manawyddan, Filho de Llyr, Math, Filho de Mathonwy.

Contos Nativos: as lendas célticas compiladas por Lady Charlotte Guest. Entre esse ciclo estão inclusas as seguintes histórias: Culhwch e Olwen; O sonho de Rhonabwy e O sonho de Macsen Wledig.

Romances Arthurianos: as versões galesas dos contos arthurianos. Entre eles estão: Owain, a Dama da Fonte,Peredur, filho de Efrawg, Geraint, filho de Erbin e o romance de Taliesin

Os Mitos Galeses são muito amplos, e baseados em Mabinogion, e assim como os Irlandeses, é mais um panteão, os Celtas eram divididos em várias mitologias, lembrando que eram uma epopeia, não habitaram só a Irlanda, mas também o País de Gales, a Cornualha, Portugal e a Galiza.

Octo Ewen Chliste

sexta-feira, 13 de julho de 2012

Os Celtas - Parte lV - Os mitos Irlandeses




Os mitos irlandeses sempre foram passados oralmente, na Irlanda, pouco se tem sobre eles, o que se encontra está registrado em livros como: O Livro das Invasões, O Livro da vaca marrom, O Livro de Leinster, O Livro de Ballymote, O Livro de Lecan, O Livro amarelo de Lecan e O Livro dos Fermoy.

A mitologia em si, se divide em ciclos, tais como:

Ciclo Mitológico irlandês: relata a história da Irlanda e a origem delas, as invasões, os Tuatha de Danann até a chegada dos Milesianos.

Ciclo do Ulster: relata o reinado de Conchobar Mac Ness, Rei de Ulster, no início da era cristã e os feitos do herói CuChulainn e os guerreiros Ulaid, chamado antigamente de "Ciclo do Ramo Vermelho". CuChulainn é filho de Lugh e Dechtire, irmã

de Conchobar e que era casada com Sualtam.

Ciclo Feniano: relata as Histórias populares, que ficaram conhecidas a partir do século lll, também chamado de ciclo Ossiânico, conta a trajetória de Finn Mac Cumhail e os Fianna.

Ciclo dos Reis ou Ciclo Histórico: Fatos e historias dos Milesianos, inclui partes do ciclo de Ulster, o qual foi contado pelos bardos.

Os mitos irlandeses vão muito alem desses quatro ciclos, essas relatam viagens de outros mundos, até mesmo de Tir na nÓg. Esses mitos são chamados de immram

quinta-feira, 12 de julho de 2012

Os Celtas - Parte lll - Oisín e Niamh



Em uma manhã de verão, Finn(líder do exercito dos Fianna) e Oisín  estavam caçando com seus companheiros, quando viram uma linda moça montada em um cavalo branco se aproximar.

Ela se aproximou, disse ser filha do Rei de Tir na nÓg e pediu para Finn permissão para casar com Oisín, e levá-lo a Tir na nÓg.

Finn disse que apenas permitiria se fosse por amor.

O coração de Óisin estava tomado de amor pela fada Niamh(que também esta associada aos Tuatha dé Danann, e filhe de Manannán Mac Lir, o Senhor do Outro Mundo.

Niamh recitou um encantamento que deixou todos encantados, sua voz suave hipnotizou todos.

Então Oisín e Niamh montaram no cavalo e foram para Tir na nÓg, e em um piscar de olhos, desapareceram pelas colinas de Erin, e Oisín nunca mais foi visto por lá.

Chegando lá, as brumas confundiram Oisín, mas logo após, chegou uma linda donzela montada em um corcel marrom, segurando uma maçã dourada, e depois apareceu um belo jovem, montado em um cavalo branco, colocou um manto púrpuro em suas costas e uma espada de ouro em sua mão. Oisín perguntou a Niamh o porque das aparições, ela disse para ele esperar até chegar em Tir na nÓg.

Chegaram a Tir na nÓg e Oisín ficou maravilhado com a beleza do lugar, disse isso diante de uma praia de areia dourada. Para sua surpresa, lá os animais se aproximavam para serem acariciados, sem nenhum medo.
"O povo veio encontra-los, levando eles ao castelo do pai de Niamh, quando eles se encontraram, ele disse em alto e bom tom para todos ouvirem algo assim: - "Bem-vindo, Oisín, filho de Finn, à Terra da Juventude, onde a tristeza, o cansaço e a morte não irão mais lhe tocar. Por tua
fidelidade e bravura, poeta chefe da raça dos homens de Erin, o Bardo guerreiro poderá agora viver conosco, um mortal entre os imortais."

Niamh e Oisín então se casaram e tiveram uma longa vida de felicidade.

Porém, o tempo não pode apagar de Oisín as memórias de sua família, então um dia ele pediu a Niamh para deixa-lo voltar ao mundo dos homens. Niamh chorou e suplicou que ele desistisse, que era um desperdício. Ele disse que a terra era um desperdício, mais que ele precisava voltar para ver seu pai. Ela entregou o cavalo branco, no qual eles foram a Tir na nÓg, e disse que ele nunca poderia colocar os pés sobre o solo, ou não conseguiria voltar a Terra da Juventude.

Antes de sair, Oisín segurou Niamh nos braços e a beijou longamente, e prometeu que não ia ficar por muito tempo e que jamais desceria do cavalo.

Chegando a Terra, Oisín foi tomado por uma sensação de panico, a Terra estava completamente diferente, 300 anos haviam se passado, sua família estava morta, não gostando do que viu, Oisín resolveu voltar a Terra da Juventude, no caminho, encontrou uns homens tentando levantar uma pedra, resolveu ajuda-lo, descendo do corcel, viu ele desaparecendo e Niamh virando apenas uma lembrança distante.

Oisín vagou por muito tempo a Irlanda até a chegada de St. Patrick, que o levou para casa e o converteu ao cristianismo, ele contou tudo a St. Patrick sobre Niamh e Tir na nÓg. Oisín morreu sem nunca mais encontrar Niamh, e nem Tir na nÓg.


Octo Ewen Chliste

quarta-feira, 11 de julho de 2012

Os Celtas - Parte ll - Avalon



Avalon - A Antiga Ilha Celta

Avalon, relatada com tanto carinho nos mitos Arthurianos nos mostra que, não precisamos morrer para chegar ao paraíso, mais sim, o paraíso está a nosso alcance, basta sermos puros e verdadeiros.

Antes da chegada dos cristãos a Irlanda, viveram o que hoje conhecemos por mito. Isso sempre esteve claro, assim como a luz do dia.  E guardada por entre as brumas, por entre um coração puro, e palavras de sinceridade.

O País das fadas, lar de Merlin e Dama do Lago. A vida era simples, apenas seguir o que os Deuses pediam.

Mas como sempre os humanos não da valor a tudo que é puro, e esta terra encantada foi ficando apenas na nossa imaginação.

Avalon, terra das Maçãs, local onde a sabedoria é sempre proclamada assim como a morte e a doença não existe.

Tir na nÓg, terra da juventude é Avalon, ambas estão ligadas, assim como o ar e a respiração.

Muitos tentam encontrar Avalon, mais não conseguem. Avalon se foi, voltou para as Brumas, e para o fundo da imaginação daqueles que acreditam. Não podemos voltar a Avalon, pois ela se foi para nós.

Octo Ewen Chliste

Os Celtas - Parte 1

Oi,gente.Td bom?! ^^ Então... hj nós começaremos a falar sobre Os Celtas.Vamos dividir esse post nos seguintes tópicos:

- Quem eram os Celtas?
- Como viviam religiosamente?

- Que relação eles tem com a bruxaria?
- Wicca Celta hoje em dia

QUEM ERAM OS CELTAS?

Celtas é a designação dada a um conjunto de povos (um etnónimo), organizados em múltiplas tribos e pertencentes à família linguística indo-europeia que se espalhou pela maior parte do oeste da Europa a partir do segundo milénio a.C.. A primeira referência literária aos celtas (Κελτοί) foi feita pelo historiador grego Hecateu de Mileto no século VI a.C..

Boa parte da população da Europa ocidental pertencia às etnias celtas até a eventual conquista daqueles territórios pelo Império Romano; organizavam-se em tribos, que ocupavam o território desde a península Ibérica até a Anatólia. A maioria dos povos celtas foi conquistada, e mais tarde integrada, pelos Romanos, embora o modo de vida celta tenha, sob muitas formas e com muitas alterações resultantes da aculturação devida aos invasores e à posterior cristianização, sobrevivido em grande parte do território por eles ocupado.

Existiam diversos grupos celtas compostos de várias tribos, entre eles os bretões, os gauleses, os escotos, os eburões, os batavos, os belgas, os gálatas, os trinovantes e os caledônios. Muitos destes grupos deram origem ao nome das províncias romanas na Europa, as quais que mais tarde batizaram alguns dos estados-nações medievais e modernos da Europa

Outras regiões europeias que também se identificam com a cultura celta são o País de Gales, uma entidade sub-nacional do Reino Unido, a Cornualha (Reino Unido), a Gália (França, e norte da Itália), o norte de Portugal e a Galiza (noroeste da Espanha). Nestas regiões os traços linguísticos celtas sobrevivem nos topônimos, nalgumas formas linguísticas, no folclore e tradições.

COMO VIVIAM RELIGIOSAMENTE?

Os celtas,assim como as bruxas de hj,celebravam os solstícios e equinócios,porém seus festivais mais importantes eram Imbolc,Samhain,Beltane e Lughnasadh(ou Lammas).Seus sacerdotes eram os druidas.A palavra druida deriva das palavras OAK(carvalho) e WID(saber)do indo europeu que significa O Saber do Carvaho.Os celtas viam o carvalho e o visco como sagrados.Alguns dizem que quando colhiam um visco,eles deixavam sob a árvore um sacrifício de três bois brancos e era preciso cortá-lo com uma faca de cabo branco,outros dizem que era cortado um dia antes do solstício de inverno,outros 7 dias antes da lua nova com uma faca de prata,outros com faca de ouro.No final,eu deixo alguns link para que vcs decidam qual lhe parecem mais apropriado.

- QUE RELAÇÃO ELES TEM COM A BRUXARIA?

Muita... mesmo!!!O conhecimento que temos hj em dia na magia,grande parte se deve aos celtas.Seus sacerdotes eram grandes conhecedores das ervas e madeiras,principalmente.Nossos festivais são baseados nos deles,símbolos como o caldeirão e triquetra são de suas culturas tbm.

WICCA CELTA HOJE EM DIA.

Eu sei mt pouco sobre a Wicca Celta,mas conheço duas bruxas celtas,a Luna(do Grimório da Luna) e a Laurie Cabot(Bruxa Oficial de Salém).Pelo que eu observei em seus trabalhos,a wicca celta dá mt enfase à meditação,harmonia e auto-conhecimento,usam bastante o conhecimento das ervas(obviamente),seus rituais são mt alegres e iluminados e tbm prezam sempre pela harmonia e felicidade de seu grupo de amigos e familiares.

Pra fechar esse post,eu coloco alguns links e livros para vcs saberem mais sobre eles ok?!

Links:
http://valedomago.blogspot.com.br/2012/06/o-visco-dos-druidas.html
http://somostodosum.ig.com.br/conteudo/conteudo.asp?id=03063
http://pt.wikipedia.org/wiki/Druida
http://www.templodeavalon.com/modules/mastop_publish/?tac=Os_Celtas
http://pt.wikipedia.org/wiki/Celtas

Livros:
O Livro Celta da Vida e da Morte - Juliette Wood
O Livro Secreto da Magia Celta - Montse Osuna


                                                                                                                                BB
                                                                                                                                   Orion Kearney

segunda-feira, 7 de maio de 2012

As Luas Celtas

Saudações, hoje vou adaptar os textos com o assunto esbath.


Como a Luna, vou foca-los na Wicca Celta.


Espero que gostem




JANEIRO – A LUA DA BENÇÃO
FEVEREIRO – A LUA DA COLHEITA
MARÇO – A LUA DA CEVADA
ABRIL – A LUA DO SANGUE
MAIO – A LUA ESCURA
JUNHO – A LUA DO CARVALHO
JULHO – A LUA DO LOBO
AGOSTO – LUA DA TEMPESTADE
SETEMBRO – LUA DOS VENTOS
OUTUBRO – LUA DAS SEMENTES
NOVEMBRO – LUA DA FLOR
DEZEMBRO – LUA BRILHANTE

sábado, 28 de abril de 2012

Horóscopo Lunar Celta


Horóscopo Lunar Celta

Em todas as sociedades Celtas, os druidas desempenharam um papel primordial. Aconselhando Reis, ensinando as ciências, dominando a medicina e a astronomia. É também o sacerdote, o Juiz e a memória do povo. É representado de túnica branca, de foice de ouro na mão, cortando o visco, mas não deixou nenhum texto escrito para testemunhar a sua sabedoria e os seus conhecimentos.
Sem dúvidas, os druidas eram uma comunidade de sábios e deixam poucos vestígios materiais de sua existência. E para reconstruir a história dos Druidas e encontrar a sua mensagem, apenas dispomos, infelizmente, dos testemunhos de autores ao serviço do império romano e de histórias compiladas pelos monges Irlandeses, Bretões e Gauleses da Idade Média; documentos tantas vezes suspeitos, mas inúmeros e vindos de horizontes diferentes, permitem verificações, e por vezes, algumas das suas informações são confirmadas pelas descobertas arqueológicas. Deste modo, os historiadores, os lingüistas, os arqueólogos, reconstituem a pouco e pouco a sua herança perdida.
A sabedoria dos Druidas soube tornar os Celtas despreocupados, livres e alegres. O seu destino pessoal numa batalha deixava-os indiferentes. Nada se perfilava no horizonte da sua passagem pela Terra. Uma outra vida feliz, sem inferno nem purgatório, os esperava no Outro Mundo.
Sabe-se pelos relatos dos Celtas insulares que este Outro Mundo, espécie de universo paralelo, "o Sid", podia simbolicamente situar-se numa ilha do oceano, no extremo ocidental; ali, onde desaparece o Sol ao anoitecer, estava a Ilha; ou ainda ser imaginada no norte do mundo como a ilha de Avalon.
Todos os anos, em 1º de Novembro, a festa de Samhain, que marcava o início do ano celta, o tempo e o espaço deixavam de existir e os dois Mundos comunicavam-se. As elevações neolíticas, as áreas cobertas, os túmulos, os dólmens, com corredores, serviam de ponto de contato privilegiados com o mundo dos desaparecidos: prova de que os Celtas e os Druidas não tinham a menor dúvida sobre a antiguidade e a função funerária destes monumentos.

A morte das Florestas
"Muito sábios", mas também "Homens do Bosque", “Homens da Árvore", "Homens do Carvalho", sem dúvida foram os Druidas. Todos os testemunhos concordam neste aspecto: poetas, geógrafos, historiadores associaram os Druidas às florestas.
Por este motivo a conquista da Gália se duplicou numa guerra contra as árvores; e César "foi o primeiro a ousar pegar num machado, brandi-lo e rachar com ferro um Carvalho perdido nas nuvens", refere Lucano.
A desarborização intensiva da Gália pelos romanos contribuiu tão eficazmente para o desaparecimento dos Druidas e Celtas.
Quando S. Patrício, em meados do século V, veio especialmente a Glastonbury com o intuito de cristianizar definitivamente o lugar Celta sagrado, começou por mandar abater com machado e alvião todas as árvores que cobriam a célebre colina do Tor.
Lutar contra as árvores era ainda nesta época uma forma de combater o Druidismo e a Cultura Celta.
Nas clareiras, no coração das profundas florestas, protegidas pela penumbra das criptas vegetais, os Druidas transmitiam pacientemente aos seus discípulos a sua sabedoria imemorial: estes afirmavam conhecer a grandeza e a forma da Terra e do mundo, os movimentos do Céu e dos astros, bem como a vontade dos Deuses. E durante muito tempo, seja numa gruta, seja nos pequenos vales arborizados afastados, ensinavam ao seu povo uma doutrina secreta.
Na sua célebre descrição da apanha do visco pelos Druidas, Plínio, o Velho afirma que a cerimônia se realizava ao sexto dia da Lua, "que assinala entre eles o começo dos meses, dos anos e dos séculos que duraram 30 anos”. Os Brâmanes chamavam ao sexto dia da Lua Mahatithi, o Grande Dia.
Calendário descoberto  em 1897 em Coligny, na França
Os Druidas, seus homólogos, consideravam este mesmo dia como particularmente sagrado e dotado de uma força considerável. A revolução sideral da Lua é de 27 dias, 7h e 43 minutos. É o tempo que o astro leva a voltar a uma mesma posição no céu em relação às estrelas.
Um século de 30 anos dos Druidas contém 401 meses de revolução sideral. É por isso que, por exemplo, nos romances da Távola Redonda, inspirados na tradição Celta, os Cavaleiros Guardiões do Graal são 400, número a que se vem juntar a figura do Rei.
A Lua e o planeta Saturno têm um parentesco curioso: no dia, a Lua decorre sobre a elíptica a mesma distância que Saturno no ano. Sem nos perdermos em pormenores, digamos que 30 dias da Lua equivalem a 30 anos de Saturno.
De acordo com um texto de Plutarco, de facie in orbe lunae, foi possível deduzir que o século de 30 anos dos Druidas começava quando o planeta Saturno, Nyctouros, entrava no ciclo do touro, ou seja, quando todos os 30 anos, nesta época, Saturno e a Lua no seu sexto dia se viam em conjunção com a pequena constelação das Plêiades, a noite da festa de Samhain.
Mas se os séculos de 30 anos eram calculados em função do ciclo de Saturno e da revolução sideral da Lua, o calendário de todos os dias, como o encontrado em Coligny, em contrapartida, baseava-se na revolução sinódica, quer dizer, nos intervalos de tempo que separa duas fases idênticas do astro, ou seja, 29 dias 12h0 e 44minutos.
Um período de 5 anos chamava-se LUSTRE. Um ciclo druídico completo tinha 6 LUSTRES ou 30 anos. Uma era druídica tinha 630 anos ou126 lustres.
Calendário Celta
A diferença entre revolução sideral e a revolução sinódica deve-se ao movimento da Terra. Existem 50 meses de revolução sinódica da Lua em quatro anos, e 150 em 12 anos. O número 50 e 150 (ou três vezes 50) surgem constantemente nas narrativas da cultura Celta, em particular na Tradição Irlandesa.
Com os romances da Távola Redonda, é a corte do Rei Artur que recorda este sistema; com efeito, segundo os poetas, os cavaleiros reúnem-se aí quer em número 12 quer de 50 ou ainda de 150. Assim, a corte do mundo sensível do Rei Artur opõe-se ao reino espiritual do Graal.
Plutarco, no texto já citado, conta que os habitantes das ilhas dispersas em redor da Grã-Bretanha, afirmam que Saturno é mantido prisioneiro pelo seu filho Júpiter na ilha nórdica de Ogígia. O planeta Júpiter percorre a elíptica em 12 anos, ou seja, 150 meses de revolução sinódica da Lua. A história Celta referida por Plutarco desvenda talvez apenas uma oposição entre dois modos de contar tempo.
Os Druidas não ensinaram uma religião, mas uma metafísica da Natureza. A sua Confraria reuniu a aristocracia do saber e da filosofia. Guias espirituais eram também cientistas, físicos, astrônomos...
Um dos fatos mais interessantes na cultura celta era a afinidade com a natureza, os celtas realizavam a contagem dos dias através do nascer e do por do sol. Levando-os a contarem as noites e não os dias, criando assim uma ligação perfeita entre o céu e a terra, entre o sol e a lua.
Assim o dia começa quando o sol se põe; ao contrário do que “vivenciamos” atualmente. O dia se inicia com a Lua, com a Deusa mostrando que é hora de trabalhar o mistério, o oculto, o morrer.
Ao amanhecer, o Deus vem fecundar e nutrir a Deusa, para que mais um dia possa ser gerado. Aceitar, entender esta prática sem fazer qualquer ligação com feitiçarias, para alguns é muito difícil, mas, para os Sacerdotes dos Celtas – Os Druidas – e para a cultura celta em geral, estes ensinamentos são de imensa profundidade.
Os druidas deram a cada um dos meses do ano o nome de uma das suas árvores sagradas; assim como fizeram com o alfabeto ogham. Cada letra deste alfabeto era representada por uma árvore, que, por sua vez, representava um período do ano. A este período demos o nome de mês; isto para fazermos um paralelo entre as duas culturas.


Ogham Chart
Ogham
Letra Latina
Nome em IrAr.
Nome em IrMod
Nome em Português
B
B
Beithe (beth)
Beith
Betúla (Vidoeiro)
L
L
Luis
Luis
Sorveira
F
F
Fearn
Fearn
Amieiro
S
S
Sail
Sail
Salgueiro
N
N
Nin
Nion
Freixo
H
H
Uath (Huath)
Uath
Pilriteiru (Espinheiro-alvar)
D
D
Dur (Duir)
Dair
Carvalho
T
T
Tinne
Tinne
Azevinho
C
C
Coll
Coll
Aveleira
Q
Q
Quert
Ceirt
Macieira
M
M
Muin
Muin
Vinha (silva, amoreiro-silvestre)
G
G
Gort
Gort
Hera
NG
nG
Getal (nGetal)
nGéadal
giesta-das-vassouras (Cytisus scoparius)
STR
Str
Straif
Straif
Espinheiro-negro
R
R
Ruis
Ruis
Sabugueiro
A
A
Ailm
Ailm
Abeto-Prateado
O
O
Onn
Onn
Tojo
U
U
Úr
Úr
Urze
E
E
Edad
Eadhadh
Álamo-Branco (Faia-Negra)
I
I
Ida
Iodhadh
Teixo
EA
EA
Ebad
Éabhadh
Álamo-Branco (Faia-Negra)
OI
OI
Oir
Ór
evônimo (genero Euonymus)
UI
UI
Uilleann
Uilleann
Madressilva
IO
IO
Ifin
Ifín
Groselha
AE
AE
Emancoll (Phagos)
Eamhancholl
Hamamélis

O Horóscopo Celta Lunar não foi desenvolvido baseado nos movimentos da lua (como alguns devem estar imaginando), mas sim nos períodos do ano em que suas árvores sagradas tinham uma maior predominância de suas características e propriedades.
Desta forma, veja através das linhas que se seguem, qual árvore rege o período do ano que você nasceu.
A natureza era a companhia do homem primitivo. Ela fornecia abrigo e alimento e, em retorno, a humanidade a reverenciava. As religiões primitivas louvavam as pedras e montanhas, os campos e florestas, os rios e oceanos.
A Voz da Floresta é uma ponte mítica entre o mundo dos deuses e o dos homens, entrelaçado com a veneração que os Celtas tinham pelas árvores. Como uma representação do universo, as raízes das árvores habitam o solo, o conhecimento profundo da Terra.
E o tronco une as raízes ao céu, trazendo este conhecimento à luz.
MÊS
ÁRVORE
SÍMBOLO
Dez 24 a Jan 20
Bétula
Águia ou Veado
Jan 21 a Fev 17
Sorveira brava
Dragão Verde
Fev 18 a Mar 17
Freixo
Tridente
Mar 18 a Abr 14
Amieiro
Pentáculo
Abr 15 a Mai 12
Salgueiro
Serpente
Mai 13 a Jun 09
Espinheiro
Cálice
Jun 10 a Jul 07
Carvalho
Roda de Ouro
Jul 08 a Ago 04
Azevim
Lança em Chamas
Ago 05 a Set 29
Aveleira
Salmão
Set 30 a Out 27
Videira
Cisne
Out 28 a Nov 23
Hera
Borboleta
Nov 24 a Dec 22
Sabugueiro
Pedras
Dez 23
Visco
Corvo
Para aumentar os poderes de cada uma dessas árvores seria apropriado que você tivesse algum objeto feito da madeira da árvore que corresponde ao seu signo. E se você preferir, tenha o elemento que simboliza a sua árvore para que suas características e propriedades terapêuticas possam agir sobre você, além de trazer proteção.

Fonte: Mistérios Antigos

sábado, 31 de março de 2012

A Caveira Celta






O cranio faz mais do que apenas proteger o cérebro, através dos séculos ele também estimula a mente e a imaginação da raça humana. A caveira é usada há milhares de anos para representar a mortalidade dos seres humanos, e também seu poder. Este símbolo de conhecimento, mortalidade e poder, tem sido - por dezenas de milhares de anos - empregado em cerimonias, rituais e na arte. Todas as culturas usam cranios e caveiras para expressar idéias sobre a vida e a morte. Sabemos disso através de artefatos arqueológicos, descobertos em túmulos pré-históricos. Até hoje caveiras são usadas na magia, em rituais, na arte e até em logomarcas; elas representam uma imagem comum, que todos temos dentro de nosso corpo, mas que - para a maioria - se revela apenas após o desencarne.

Na cultura Celta antiga a caveira tinha grande importancia. Para os celtas o cranio simboliza:

Tempo 
Concentração
Iniciação
Criação
Portal de entrada e saída
Divindade
Poder

A cultura celta, não diferentemente de outras culturas ancestrais, viu na cabeça, ou cranio, uma fonte de poder. Alguns textos antigos apontam o cranio como a casa da alma. Achados arqueológicos nos mostram cranios celtas jogados em poços sagrados, como oferenda. Aquela civilização possuia profundos conhecimentos de magia. Eles sabiam que a água carrega informação, significados de purificação, limpeza e fluidez de movimento - as emoções são também representadas pela água. Então, se as caveiras simbolizam a morada da alma e do poder, talvez, atirando os cranios às profundezas escuras da água do poço sagrado, havia a intenção de limpar a alma, ou oferecer clareza divina, renovação para a alma.

https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgHypSPTYKRVe1hY-6Z1PzmAeAm2CdyxIaCqx9KBXAYFaHGRSsMFZKh75tPayJXngUlV-f6q7ef80TluOcayRnf2WYDroUeiOJcF4AzakD-W3_uVx65UWP23CSP2t-ucFZS1-c9tuiNy1g/s200/po%25C3%25A7o-Celta.jpgPoços sagrados não são o único lugar onde foram encontrados cranios - como objetos ritualísticos - nos reinos celtas. Foram encontradas várias esculturas de cranios, usados para decorar portas e corredores dos antigos pontos cerimoniais e santuários.

O folclore Celta fala também de cranios falantes. A cabeça decepada de Bran, o Abençoado - um lendário deus celta de proporções gigantes - manteve-se animada após sua desencarnação. Bran sabia que ia morrer de qualquer jeito - devido a um ferimento feito por uma lança envenenada - então ele pediu a seus homens para cortarem sua cabeça, enterrando-a em solo sagrado. A lenda conta que a cabeça de Bran manteve os homens entretidos durante a viagem. Falando, cantando e contando piadas por todo o percurso.

Claro, isso é um mito, fica difícil legitimar uma lenda que conta sobre um cranio falante. Entretanto, se olharmos de maneira ampla, podemos enxergar as coisas por outra perspectiva. Os Celtas eram obcecados e ficavam extasiados com a idéia de passagens, portas, portais, orifícios, que levavam ou passavam por outras dimensões. Considerando os cinco orifícios existentes no cranio humano - dois olhos, duas cavidades do nariz e uma na boca - o número de orifícios no crânio se encaixa perfeitamente com o poder místico dos celtas, relacionado ao número cinco.

De fato, quase todas as culturas que possuiram capacidade espiritual para observar seu mundo, e o Universo em que ele gira, tem cinco temas simbólicos principais. Os quatro primeiros temas intemporais são os quatro pilares da vida, encontrados em inúmeras culturas - incluindo a Celta - e que são bastante simples de serem compreendidos. Eles lidam com estruturas clássicas, como, por exemplo:

Quatro elementos: Fogo, Terra, Ar, Água
Quatro direções: Norte, Sul, Leste, Oeste
Quatro estações: Verão, Inverno, Primavera, Outono

O quinto elemento foi descoberto por iluminação, através da sagacidade ​​espiritual, quando as culturas ancestrais libertaram suas mentes do confinamento rígido dos "quatro lados" da caixa. Eles começaram então a compreender o conceito de uma essencia mais expansiva, aglutinadora dos quatro elementos comuns. É aí que o quinto elemento faz sua aparição, no pensamento esotérico, transcendente. Os celtas perceberam que os quatro pilares são unidos por um quinto elemento. Juntos - os cinco elementos - são fonte de um poder, que equilibra e unifica, e que, possivelmente, pode ser aproveitado pela mente humana.

Explorando o equilíbrio cinco vezes, quem sabe que tipo de consciencia pode ser adquirida?

Os Druidas nos mostraram uma iluminação abrangente, ao equilibrar racionalmente os cinco aspectos da natureza, dentro de compreensão humana. Os significados celtas, por trás desse conceito, podem facilmente encher um livro... Além disso, existem tres grandes aberturas no cranio, e tres é também um número sagrado para os celtas, significa uma dança progressiva entre o banal e o cósmico, gerando um novo rumo na percepção. Ao alinharmos estes tres orifícios principais, encontrados no cranio humano, encontramos um triangulo, outra símbologia com forte apelo, pois representa a transição, a magia e a criação.


Ainda sob o aspecto da geometria divina, a cabeça - ou o cranio, em si - é, como podemos perceber, circular. Os olhos são circulares também, e os círculos são símbolos celtas comuns para os ciclos de tempo, bem como à imortalidade e integridade. Os círculos representam uma essencia de conectividade energética, vasta e infinita.

Talvez os celtas, em sua percepção expandida da realidade, tenham também usado o símbolo do cranio como um oráculo. Podemos concluir que, quando mergulhados em transe profundo, ou meditação, os olhos e a boca do cranio se abriam, como janelas cósmicas, portais que levavam ao conhecimento etérico. É elementar chegarmos a esta conclusão, especialmente levando-se em conta que a cabeça ou cranio - de acordo com a filosofia Celta - era um símbolo que representava a morada do poder divino dentro do corpo humano.

Como 'casa do pensamento, da alma', a cabeça ou cranio, tinha profundo significado na vida dessas pessoas. Este fato pode ser atestado através da presença prolífica do cranio humano - em sua forma natural - em representações rituais ou artisticas, nos achados arqueológicos de oferendas, trabalhos artísticos e escritos celticos, que corroboram a relevante importancia simbólica do cranio, da caveira, no folclore daquela civilização.

O estudo dos fatos históricos, ligados à mitologia e a cultura Celta, nos levam a ver a caveira com outros olhos, com os olhos de nossa própria caveira, comum a todos os seres humanos. Espero que este post, sobre os significados e simbologia do cranio na cultura Celta, lhe ofereça uma nova perspectiva, mais ampla, do que poderia potencialmente ser um assunto macabro.

Leva algum tempo até pensarmos de acordo com a perspectiva Celta a respeito dos cranios. Pois antes nos vemos obrigados a fazer um balanço de nossas próprias crenças e opiniões. Particularmente, mantenho entre minhas pedras e cristais, um pequeno cranio celta, fundido em metal, o qual minha irmã trouxe da Inglaterra e me ofereceu como presente. Considero um amuleto poderoso, o qual, principalmente, me faz lembrar humildemente qual minha natureza e qual será o destino do meu corpo, como veículo temporário do meu espírito.


A simbologia contida na caveira celta me traz a percepção do potencial humano, servindo como memorável símbolo de humildade, mostrando a temporalidade cíclica da vida terrena. Considero as caveiras como objetos mágicos, símbologia da dualidade entre o terreno e o cósmico, o divino e o mortal, alojados simbioticamente dentro de um mesmo veículo.

Se voce ainda sente medo ao olhar ou imaginar uma caveira. Se voce acha que o cranio humano é um símbolo macabro, ou objeto de adoração demoníaca... talvez a a lenda da Caveira Celta possa lhe ajudar a enxergar a caveira com outros olhos... com os olhos do seu próprio crânio. Esta lenda pode lhe ajudar a ver através das janelas de sua própria alma, abrindo-lhe as portas da percepção.


A Lenda da Caveira Celta

Era uma vez um granjeiro que tinha apenas um filho. Este filho morreu e o pai não quis ir ao enterro porque antes houve uma briga entre eles. Passado um tempo, morreu um vizinho e ele foi ao seu enterro. Depois da cerimônia e ainda estando o granjeiro no cemitério, olhando distraído ao redor viu uma caveira.

Juntou-a e disse, pensativo:

- Gostaria de saber alguma coisa sobre ti...

E a caveira falou:

- Amanhã irei passar a noite contigo, se vieres passar outra noite comigo.
- Assim farei - disse o granjeiro.

No caminho de volta, encontrou um sacerdote e comentou o que tinha ocorrido. O sacerdote lhe disse que deveria ter sonhado, posto que as caveiras não falam. O granjeiro lhe contou que na noite seguinte seria visitado pela caveira, e o sacerdote concordou em ir. Assim, na noite seguinte, estavam o granjeiro e o sacerdote conversando quando, em seguida, chamaram à porta e apareceu a caveira. Ela subiu à mesa e comeu tudo que nela havia. Depois, saiu e desapareceu.

- Por que não falaste nada? - inquiriu o granjeiro ao sacerdote.
- Por que TU não falaste? - respondeu o outro.

Na noite seguinte, como dia combinado com a caveira, o granjeiro foi até o cemitério e, não vendo nada, desceu os tres degraus que estavam junto à Igreja. De pronto se encontrou no meio de um campo, cheio de homens que lutavam entre si. Ao ver o granjeiro, perguntaram-lhe se procurava o crânio. Ao assentir, eles disseram:

- Acaba de ir para o campo ao lado.

No outro campo viu homens e mulheres que lutavam entre si.

- Estás procurando um cranio? - perguntaram - Pois bem, acaba se ir ao campo do lado.

O granjeiro se foi ao campo do lado e viu uma grande casa. Ao entrar viu que era a habitação de uma dama e uma criada. A dama caminhava de um lado a outro da casa, e cada vez que chegava perto do fogo para se aquecer, a criada a empurrava. Também lhe perguntaram se buscava um cranio e que se era isso, que saira pela porta esquerda da casa e por ali saiu o granjeiro. Ao entrar na casa contígua, encontrou a caveira e esta lhe perguntou se queria cear, com o que assentiu o granjeiro. A caveira o conduziu a cozinha onde estavam tres mulheres. A caveira pediu a uma delas que servisse a ceia, e esta serviu pão preto e uma jarra d'água, o que ele não conseguiu comer. Em seguida pediu à segunda mulher que fizesse o mesmo, e ela serviu pior ao granjeiro do que a primeira. Por fim a caveira pediu à terceira mulher, e esta serviu uma deliciosa refeição, com uma profusão de pratos e excelentes vinhos. Depois de comer, perguntou ao cranio o que tinha sido aquilo.

- Os homens que viste no primeiro campo se dedicavam a lutar entre si enquanto estavam vivos, porque tinham terras próximas e se acostumavam a mover as estacas e agora precisam lutar entre si para sempre. Os homens e mulheres que viste eram casais casados que viviam a brigar e agora devem seguir eternamente em brigas. A senhora que viste na casa e que a criada não deixava se aquecer fez o mesmo com a criada, que um dia chegou molhada e com frio, e agora a criada faz o mesmo com ela, até o dia do Juízo Final. As tres mulheres na cozinha foram minhas tres esposas. Quando pedia à primeira que me preparasse a ceia, me oferecia pão preto e água, a segunda ainda coisa pior mas a terceira me servia o banquete que ceiaste.

A caveira então olhou lugubremente o lavrador e disse:

- E quanto a ti, foste trazido a este lugar por não querer ir ao funeral do teu filho, apesar de teres ido ao de um vizinho. Assim, sugiro que, se queres te salvar, vá onde enterraram teu filho e pede-lhe perdão e, caso o obtenhas, saiba que desde o dia que saíste de casa até chegar aqui se passaram 700 anos.

O lavrador ficou petrificado e, como despertando de um sonho, se viu caminhando pelos campos, por lugares que antes ele havia passado mas que haviam mudado de forma pelo tempo transcorrido. Ao fim chegou ao cemitério e conseguiu localizar a tumba do filho . Ali se ajoelhou e pediu perdão. O perdão a seu filho. Por fim surgiu uma mão da tumba, que tomou a sua e ambos, pai e filho, subiram juntos ao céu.